Cascalhos são retirados do leito para melhorar vazão, impedir alagamentos e diminuir a erosão das margens
Após obter a licença na Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), iniciou nas últimas semanas a retirada de camadas de cascalhos no leito do Arroio Forquetinha. Com isso, as máquinas e caminhões da Secretaria Municipal de Obras, Desenvolvimento Urbano e Rural e de Agricultura e Meio Ambiente trabalham para fazer o desassoreamento do leito em vários pontos. Conforme o secretário Adair Pedro Groders, a limpeza vai permitir que o volume de água flua em seu leito mais facilmente. A operação é feita com auxílio da máquina do Consórcio Intermunicipal para Assuntos Estratégicos (CIPAE G-8). “Este material será utilizado para produção de brita e posteriormente será colocada nas estradas e acessos. O cascalho é destinado para preencher aterros e estruturas de casas e prédios. Importante a população evitar jogar lixo ou entulhos nas margens para depois em dias de cheia ser levados para o leito.” “Perdi uma área de terras” O funcionário público e agricultor Valdori Sauter destaca os benefícios da retirada do material. Segundo ele, em 30 anos, a mudança no percurso do arroio resultou em erosão das margens. “Eu perdi quase um hectare de terras. Os cascalhos se acumularam no meio do leito e a força da água começou a corroer as margens. Quando vim morar aqui o arroio só tinha 15 metros de largura e hoje chega a 80 na frente da minha propriedade.” Conforme Sauter, caso este trabalho não seja feito, em pouco tempo toda margem será consumida e existe até o risco de no futuro ser necessário fazer o desvio da rodovia ERS-424, que liga a Canudos do Vale. “Se nada for feito, o asfalto vai ceder e tudo será levado pelas forças das águas.” “A meta é desobstruir o leito original” Conforme a geóloga Lucilene Mallmann e a bióloga Camila Doebber, diversos rios, arroios e lagos sofrem com o problema de assoreamento, que pode ser causado por diversos fatores, como erosão e deposição de material mineral, desmatamento, práticas agrícolas inadequadas e ocupações urbanas, além de chuvas intensas e contínuas aliadas ao escoamento superficial e permeabilidade do solo. Uma das formas de minimizar os constantes transtornos do principal manancial do município, Arroio Forquetinha, que apresenta características de erosão e deposição de material mineral no leito, obstruindo e até alterando trechos do curso deste, é o processo de desassoreamento. “Consiste na remoção dos cascalhos e sedimentos depositados no leito do arroio, a fim de desobstruir o leito original do curso hídrico”, afirmam. De acordo com elas, independente da finalidade do desassoreamento, para realizá-lo é necessário obtenção do licenciamento ambiental adequado junto ao órgão competente. Além disso, a realização do desassoreamento deve seguir a legislação e normas vigentes, assim como acompanhamento de profissional legalmente habilitado para que os resultados sejam efetivos e não prejudiquem a fauna e flora que compõem tal ecossistema. Foto e texto Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha