Josias Scheindwein, de Arroio Abellha 1, interior de Forquetinha, sempre teve um apreço grande pela terra e produção de alimentos. Enquanto não conseguiu realizar este sonho, trabalhou por muitos anos como pedreiro. Ao lado da mulher Licete Verruck, há quatro anos ele passou a trabalhar com o cultivo de morangos na Serra Gaúcha. Após adquirir conhecimento decidiram construir a própria estrutura e empreender. Pelo sistema semi-hidropônico não utiliza terra e com isso consegue uma redução de até 80% no uso de defensivos. Através da técnica de calha industrial tubular, as plantas ficam suspensas em bolsas de substrato em bancadas, facilitando o manejo, limpeza e colheita. A solução nutritiva dentro da estufa é fornecida por meio de fertirrigação e irrigação por gotejamento, constantemente recirculada. Entre as vantagens cita o maior controle sobre os nutrientes fornecidos, economia de água, maior produtividade e menor incidência de doenças e pragas. São 15 mil mudas cultivadas da variedade San Andréas. A meta é colher 1 kg por planta até o fim do ciclo. A maior parte das frutas é vendida in natura. “Está muito saborosa e graúda. Quem leva para casa o morango acaba sempre voltando em busca de mais, por causa da aparência”, afirma orgulhoso. Entre as dificuldades relatadas estão as condições climáticas. A falta de calor e o excesso de umidade prejudicam o florescimento e desenvolvimento das frutas. A meta é duplicar a produção até 2025. Diversificação Segundo o Secretário Municipal de Agricultura, Mércio Ludwig, o cultivo de morango em substrato vem aumentando em importância, principalmente como alternativa de atividade para aqueles agricultores familiares com foco na diversificação de sua produção. “É uma atividade que tem um retorno do investimento extremamente rápido, pode ser desenvolvida em pequenas áreas e como a procura pelo produto ainda é maior do que a produção ofertada, a remuneração fica acima da média do Estado.” Para o prefeito Paulo José Grunewald, a fruticultura é uma estratégica para pequenas propriedades familiares aumentar o faturamento e possibilitar a sucessão dos negócios no futuro. “Além de auxílio máquina, ainda temos uma parceria com a Emater/RS-Ascar para levar aos produtores assistência técnica e assim obterem sucesso na atividade.”Também ressalta a oferta de produtos cultivados de forma natural, sem agrotóxicos como forma de diversificar a propriedade e obter alto valor agregado. Cenário da cultura Conforme o extensionista da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi, o sistema semi-hidropônico feito em bancadas e dentro de estufas responde por 80% da área cultivada no Rio Grande do Sul. “Permite que o agricultor trabalhe com mais conforto, aumenta a produtividade e a qualidade das frutas colhidas.” As variedades mais cultivadas são: San Andreas, Albion, Monterrey e Fronteras. O último levantamento da Emater aponta 2.577 famílias envolvidas em 317 cidades com a atividade, cuja área chega a 550,9 hectares e uma produtividade de 53,15 quilos por hectare. Vantagens do sistema Ocupação reduzida de espaço: esse sistema permite o aproveitamento máximo da área disponível, uma vez que as plantas são cultivadas em pancadas; Melhor aproveitamento da luz: as plantas são dispostas em camadas, permitindo que todas recebam luz solar de forma mais uniforme, o que pode melhorar o desenvolvimento e a produção das plantas; Maior produtividade: o sistema de produção em pancadas permite cultivar uma quantidade maior de plantas em um espaço reduzido, o que pode aumentar a produtividade por metro quadrado; Menor incidência de doenças e pragas: o sistema vertical reduz o contato das plantas com o solo, o que pode diminuir a incidência de doenças e pragas; Facilidade de manejo: o sistema de produção em pancadas permite um manejo mais fácil das plantas, facilitando a colheita e a aplicação de defensivos e fertilizantes.Fotos e texto Giovane Weber/FW Comunicação - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha
Fonte: FW Comunicação - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha