Prédios alojarão 4 mil animais por lote. Executivo repassa R$ 24 mil de incentivo
Forquetinha - A família Quinot, de Neu Deutschland, expandirá o projeto de suinocultura. Produtores faz 10 anos, anunciaram investimento de R$ 1,5 milhão na construção de mais três chiqueiros. Conforme André, 42, com o novo projeto a capacidade de alojamento da granja duplica e chega a 4 mil animais por lote. “Nos tornamos o maior criador de matrizes do estado”, destaca.Os suínos chegam com peso de 25 quilos e são remanejados ao completarem uma média de 125 quilos, num prazo de 120 dias. A média obtida por cabeça alcança R$ 35. “Daqui os animais são alojados em granjas reprodutoras do Rio Grande do Sul e Paraná”, explica.O projeto é desenvolvido com apoio da integradora, responsável por fornecer os animais, a ração e a assistência técnica. Sérgio, 61, pai de André, destaca a importância dos incentivos oferecidos pelo Executivo para aumentar a renda e diversificar a produção. “É preciso incentivar quem proporciona retorno. A agricultura é a mola propulsora do município e merece toda atenção”, comenta.No último ano a família chegou a movimentar em torno de R$ 2,5 milhões no talão do produtor. Com a ampliação da suinocultura, a meta é duplicar o faturamento. No futuro, André não descarta fazer novos investimentos. “É tudo automático e isso facilita o trabalho. Com apenas um lote pagamos a prestação, os outros dois são lucro”, comenta. Toda estrutura foi financiada em 10 anos, com dois anos de carência. Por ano são criadas 12 mil matrizes.Diversificação é o segredoLoiva, 59, recebe do filho Marcelo, 40, na atividade leiteira. Com um rebanho de 40 animais, sendo 28 em lactação, a média produzida por dia chega a 425 litros. Segunda ela, o segredo para manter o equilíbrio financeiro e garantir a sucessão na propriedade está na diversificação, na oferta de crédito, incentivos, acesso às novas tecnologias e no diálogo. “Aqui todos trabalham, opinam e dividem os lucros”, observa.A meta nos próximos seis meses é chegar a 500 litros por dia. Para valorizar a matéria-prima, Marcelo quer tornar a produção orgânica, a exemplo do cultivo de fumo, iniciado há dez anos. Por safra são cultivados 40 mil pés. “Será a certeza de uma melhor remuneração e a garantia de um produto cada vez mais saudável”, afirma.Sérgio destaca que com a ajuda dos filhos, toda propriedade foi remodelada e os investimentos ficaram concentrados em novas tecnologias para qualificar o sistema de trabalho e aumentar a lucratividade. “Somos uma empresa e a base está no planejamento. Primamos muito pela oferta de produtos com extrema qualidade. Isso faz a diferença no mercado”, reforça. Foco na profissionalizaçãoO prefeito Paulo José Grunewald e o secretário da Agricultura, Paulo Becker, fizeram a entrega de um cheque incentivo de R$ 24 mil à família. Segundo Grunewald, o setor primário é a principal fonte de arrecadação. Cita a oferta de 40 programas de incentivo aos agricultores. “Precisamos profissionalizar quem atua no setor e permitir o acesso às novas tecnologias. Tendo lucro, o jovem fica na propriedade”, afirma.Segundo Grunewald, o Executivo realiza as terraplenagens de forma gratuita ao produtor como forma de incentivo a expandir a produção. Auxilia na elaboração dos projetos e ainda paga um bônus por metro quadrado construído.Becker destaca que os serviços oferecidos tem por objetivo expandir a produção e melhorar a infraestrutura das propriedades. “Permite elevar a renda e qualidade da matéria-prima. Isso é fundamental para garantir a sucessão”, finaliza.Para saberO setor primário gera R$ 31,6 milhões de valor adicionado por ano. Existem 922 propriedades. São 336 produtores de leite (7,4 milhões de litros de leite ao ano), 32 chiqueiros e 17 aviários.Foto Giovane Weber/FW ComunicaçãoFamília quinotLegenda – Grunewald e Becker (c) entregaram cheque incentivo. Meta é estimular a modernização das propriedades e expandir a produção