Escassez de chuva causa problemas de abastecimento de água para o consumo humano e de animais, além de agravar perdas nas lavouras
Com mais de 90 famílias no interior com falta de água para o consumo humano e de animais, o município, pelo segundo ano consecutivo, vai decretar situação de emergência nos próximos dias. Conforme o prefeito em exercício, Grasiani Galli (MDB), o número de pedidos aumenta diariamente. “Poços, arroios, vertentes, tudo está secando. Fizemos mais de R$ 700 mil em investimentos em novas redes, compra de reservatórios e perfuração de poços artesianos, mas não resolveu o problema. Se não chover bem nos próximos dias, vamos ter perdas cada vez maiores e irreversíveis.” Nas lavouras os prejuízos também já são significativos, principalmente no milho para silagem e soja. Segundo o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar, Arthur Eggers, os próximos dias serão determinantes. “Temos plantas na fase do leite e já estão morrendo. O resultado é uma silagem de menor qualidade. Já a soja está entrando na floração, dependendo da variedade e se não voltar a umidade, com certeza teremos grandes perdas.” Eggers destaca que de acordo com o boletim do CPC/NOAA há 76% de chance desse evento de La Niña durar até o fim de janeiro, com uma provável transição para a fase neutra do ENOS durante os meses de fevereiro a abril. “Mas até normalizar o período de chuvas pode ser tarde para a safra atual.” Juntamente com a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, é iniciado um levantamento no interior para servir de base na hora de elaborar o decreto. Desperdício de água Além disso, a administração municipal apela para que a população use a água de forma racional, e sugere: não lavar calçadas e carros; fechar a torneira ao escovar os dentes; banho rápido; proteger as vertentes e captar água da chuva sempre que possível para regar flores, folhagens e gramados; limitar o uso da máquina de lavar e reaproveitar a água; implementar a descarga com válvula de duplo acionamento, e verificar e corrigir quaisquer vazamentos de água. Para saber No verão passado, entre 2021 e 2022, 426 dos 497 municípios gaúchos decretaram situação de emergência pela falta de chuva. Do total, 417 cidades tiveram os decretos homologados pela Defesa Civil. Em Forquetinha, os prejuízos passaram de R$ 8,9 milhões na última estiagem.Foto e texto Giovane Weber/FW Comunicação - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha
Fonte: FW Comunicação - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Forquetinha